sábado, 5 de janeiro de 2013

Retrospectiva 2012: Linkin Park no Brasil.



Quanto tempo! ( Acho que essa já é uma frase fundamental em inícios dos post.). Realmente os últimos meses de 2012 foram super corridos. Aconteceram mil coisas e não pude relatá-las como pretendido. Mas para não deixá-las ao alento, resolvi abri essa sessão de Retrospectiva. Melhores momentos desse 2012 que passou. Vamos começar, musicalmente.

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Após aproximadamente dois anos em que a banda Californiana pisou pela última vez em solos brasileiros, boatos que ela retornaria se espalharam pelas redes sociais e encheram de esperanças milhares de fãs nacionais.  Brasil, 19 de Julho de 2012; a confirmação chegou pouco depois do surgimento dos boatos e trouxe consigo a tão sonhada turnê exclusiva.  

Compondo a “Linkin Park – Living Things World Tuor 2012” e desvinculados de quaisquer festivais, os shows exclusivos de divulgação aconteceriam em quatro estados diferentes, tocando em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre. Entretanto, a Time for Fun, produtora responsável pela venda dos ingressos, anunciou faltando um mês para as apresentações, a substituição da apresentação em Curitiba por um show adicional no Rio de Janeiro, justificando o cancelamento por “questões de logísticas”.

Apesar dos contratempos e mal-estar envolvendo o cancelamento em Curitiba, os 7 dias de estadia da banda Linkin Park no Brasil, foi agitadas para os fãs, e aparentemente bem aproveitadas pela banda. O caráter esportivo brasileiro foi o mais aproveitado pelos norte-americanos, principalmente pelo baixista David Farrel, ou Phoenix, que fez questão de contemplar junto ao Mike Shinoda, um jogo do campeonato brasileiro logo no primeiro dia. Eles visitaram também o treinamento do lutador mundialmente famoso, Anderson Silva durante a semana.

Outro fato interesse de se destacar é que nos dias de shows, enquanto esperava-se na fila, havia barraquinhas com itens do Linkin Par e também do Music for Relief, uma organização de caridade fundada pela banda em que o objetivo é prestar socorro às vítimas de catástrofes naturais e trazer a consciência para as pessoas sobre o aquecimento global.  Você assiste ao show e ainda pode contribuir beneficamente adquirindo itens. 







São Paula- SP, dia 07/10.



O Linkin Park tocou pela terceira vez em terras paulistanas, desta vez o show que abriu a turnê do Linkin Park no Brasil atraiu para a arena Anhembi um público de 27 mil pessoas que se amontoava ansiosamente à espera dos músicos.

Sem atrasos alarmantes, a primeira presença – via imagem digital no telão- a arrancar gritos de seus fãs, foi a do DJ Mr. Hahn, que com seus simpler iniciou o show com a nova instrumental, Tinfoil.  Logo em seguida, revelando os demais membros da banda já em palco, Faint, o primeiro grande sucesso da banda tocado, fez os pulos alarmarem e um coro surgir.

Além de Tinfoil, as outras músicas do projeto Living Thing divulgadas, incluem In My Remains , Victimized em uma mistura com Qwerty – música presente no CD LPU 6.0 –, Lies Greed Misery. Lost In The Echo foi tocada no meio do show iniciada por uma introdução adicional ( particularmente perfeita. A sonoridade e o clima do momento me levaram a um estádio marcante, onírico) e impulsionou ainda mais os pulos da galera. Logo após o intervalo, a banda retornou ao palco com Burn It Down, primeiro single do CD. Apesar das músicas terem apenas 4 meses de lançamentos, o público brasileiro as tinha decoradas e mostravam isso a cada verso cantando.

O uníssimo não se fez presente apenas nas novas músicas, o público acompanhou de cor e salteado cada refrão e verso proferido. Destaque no final de What I’ve Done e o “Nanana” puxado pelo Mike Shinoda e acompanhado pelas milhares de vozes brasileiras. A excelente receptividade do público brasileiro cativou a banda. Era visível a alegria e animação dos seus membros.

No momento de músicas mais calmas e lentas, Chester Bennigton assumiu a totalidade do vocal enquanto conduzia o show com Leave Out All The Rest, Shadow Of The Day e Iridescent – agora com seu grande coro incluindo banda e fãs - em uma única tonalidade. O momento foi completado pela manifestação dos ouvintes. Bolas nas cores do Brasil – amarelas e verdes- tomavam conta do público e davam um toque marcante ao momento.

Os grandes sucessos não poderiam ficar de fora. O “hino” Numb fez-se presente em meados do show. One Step Closer fechou o primeiro bloco e In The End  (a segunda das três músicas pós-retorno ) carregou para si o contato mais íntimo da banda com os fãs na decida de Mike Shinoda do palco para passar o microfone e cantar junto ao seu público o grande refrão.

A música encarregada por fechar o show foi um single do Minutes To Midnight, Bleed Out. O terceiro mash up do show não foi feito, porém, com uma música da própria banda. A surpresa deixada para o fim fundiu Bleed Out à Sabotage, em uma homenagem aos Beastie Boys.

A demonstração de satisfação da banda à sua recepção foi a melhor possível. Em todo o show esteve com a bandeira do Brasil estampada junto a eles.  A iluminação acompanhava perfeitamente as batidas e as imagens do telão trazia ora a imagem dos músicos, por vezes tomadas por efeitos gráficos, ora imagens da plateia, ou alguma imagem que remetia à música tocada. 

A galera curtiu cada pedacinho do show, e ficou desejando minutos extras após uma hora e meia de show.

Quanto o Linkin Park voltaria a tocar no Brasil? Phoenix respondeu rápido: “ Breve! Estaremos amanhã no Rio.”



Set list



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Show Completo via Multishow:





Rio de Janeiro- RJ, dia 08/10


A segunda noite de show da banda confirmou a lealdade dos fãs cariocas, nunca antes agraciados com a presença da banda em seu estado. Programado para começar às 22 horas, um atraso de 15 minutos não diminuiu o fervor do público que lotou a casa de show Citibank Hall.  Mais uma vez, a bandeira do Brasil, a mesma já vista antes no SWU, fez-se presente. Efeitos pirotécnicos como explosões de chuvas de fogos completaram o cenário e deu o charme a algumas músicas.

Diferentemente do dia anterior, a banda não começou o show com Tinfoil, mas já entrou em palco eletrizando a plateia com a enlouquecida A Place For My Head, que não havia sido incluída no show de São Paulo. Uma abertura épica.

Outras canções de grande receptividade que não estavam inclusas no set list anterior foi Lying From You em um mush up com Perpercut, quarta performance tocada no bis.

As demais músicas seguiram a linha do show do Anhembi. Coro estridente, sintonia máxima, letras cantadas a pleno pulmões.  O cantor Chester Bennigton, em seu inglês, declarou ao público: “Eu não imaginava que o volume de som estaria tão alto, mas está realmente muito alto. Graças a vocês!”.  Confirmando a alta interatividade fãs-música, outra singela modificação no set list foi feita, e dessa fez por estes fãs. A capela carioca deixou sua marca e num pequeno intervalo iniciou a música “Crawling” há tempos fora dos shows. Chester Bennigton se surpreendeu e acompanhou a multidão com o breve refrão e logo iniciou In The End.

Mush up Bleed Out/Sabotagem que outrora encerrou o show na noite passada fechou dessa vez o “primeiro tempo”. O início do encore ficou a cargo de Tinfoil, invertendo os papeis ouvidos no Anhembi.

A célebre One Step Closer pós o ponto final ao primeiro show da banda no Rio de Janeiro após aproximadamente 1 hora e 45 minutos de músicas, envolvendo em festa quem ainda não estava – se isso era possível – e fazendo crescer ainda mais o desejo de novamente fazer parte daquilo, na quarta, dia 10.

Set list


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Crawling e sua capela:






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Pessoalmente falando, esse era meu show. Meu idealizado show ( Não era pra menos. Começar com APFMH e terminou com OSC, sempre foi minha set list favorita e empolgante).  Foi feito todo um planejamento, pesquisa e persuasão com a família para que minha ida desse certo. É meu sonho e esse nunca esteve tão próximo. Infelizmente, por questões financeiras e de locomoção, não foi possível concretizá-lo, mas fico em mãos com o maior símbolo da minha luta para está presente lá: meu ingresso. Fico muito feliz por quem acompanhou tudo isso de perto. Tive que dá meu jeito e acompanhar ( com aperto no coração) cada novidade dessa semana perfeita pela internet , mas pelo menos não fiquei total por fora e é por isso que junto tudinho nesse post.




Rio de Janeiro- RJ, dia 10/10


Um dia de intervalo entre o show foi bastante aproveitado para um dia de tietagem. Dessa vez, entretanto, quem assumiram o papel de fã foram os próprios membros ao visitarem o lutador brasileiro Anderson Silva.

Já no dia 10, última noite de show no estado, as novidades começaram muito antes da noite. Paralelo a turnê, a banda lançaria ao longo do dia o clip do single “ Castle of Class”, música tema do jogo Medal of Honor: Warfighter. No vídeo é notável cenas do próprio jogo juntamente com tomadas da banda sob efeitos bem trabalhados, embutida no enredo de crianças que perdem na guerra seus parentes próximos.  A estreia criou nos fãs do Brasil uma expectativa pela música está no set list do show da noite. Infelizmente, essas foram frustradas.

Outro fato considerável do dia veio através de um “disco de ouro”. A Warner Music Brasil entregou o prêmio de Disco de Ouro, pelas 100 mil cópias vendidas do Living Things em territórios brasileiros. Álbum lançado em Junho e aclamado pela retomado do estilo de origem misturado com as novas batidas, conquistou o prêmio.

Diferentemente do set list da primeira noite no Rio, as ordem das músicas foram alteradas. With You ficou a cargo de abrir o show. Fora isso a única novidade na listinha foi When They Come For Me, música do A Thousands Suns, não tocada nos dois anteriores shows. E igualmente ao dia 08 o show finalizou com One Step Close.

O cancelamento do show em Curitiba, previsto para o dia 9, apesar de ter frustrado os grandes fãs da cidade, não esfriou o público que agraciou o show substituto. Ainda que o Citibank não tenha lotado como na primeira noite, o público presente portava da mesma euforia. A plateia, dessa vez ainda mais solta devido a primeira experiência, acompanhava cada letra. Com a bandeira no Brasil ao lado e outra central representando os pontos turísticos do Rio, o Linkin Park se despedia dos palcos cariocas com reconhecimento máximo, mas ainda iriam ficar um dia mais na cidade. O último show que fechou a turnê, no dia 12, já agitava o sul do país.

Set list




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Porto Alegre- RS, dia 12/10.


 O show que fecharia a turnê do Linkin Park no Brasil inicialmente estava datado para 11 de outubro, no estágio Zequinha. A produtora, Time for Fun, no mesmo dia do anúncio do cancelamento do show em Curitiba, também revelou mudanças em relação ao da capital gaúcha.  Não dando detalhes quando as alterações, transferiu a apresentação para um dia depois, agora no estágio Gigantinho, que ironicamente tinha capacidade muito inferior ao local que outrora receberia a banda.

Tais mudanças não mexeriam com os ânimos dos gaúchos. Vinte e quatro horas a mais, só os deixaram apenas mais ansiosos. E realmente o tempo parecia brincar com eles. O show marcado para as 22 horas, só foi começar com 1 hora e meia de atraso. O ocorrido não foi explicado, mas o não aparecimento de três membros da banda, Rob, Brad e Joe Hahn, no Meet&Greet – sessão de autógrafos para o fã club oficial- intrigou ainda mais os fãs sedentos por seus ídolos.

Despois da longa espera e da banda local  Reação em Cadeia, o Linkin Park finalmente sobe aos palcos para um público de 10 mil pessoas. A bandeira da vez era composta de verde,  vermelho e amarela que representava o estado. A set list utilizada foi a mesma que agitou os fãs de São Paulo, diferindo entre si apenas a reação única de cada fã em seu próprio estado.

Os fãs de Porto Alegre não deixaram a desejar, também cantaram cada letra e deixaram sua marca, iluminando cada canto do estágio milhares com pulseiras de neon. O ambiente mais parecia uma explosão de mil estralas, como já relatava uma estrofe da música Iridescent.

No final, satisfeito com a grande turnê no maior país da América Latina, Chester proferiu para seu público: “O público brasileiro é o melhor público do mundo”.

O Linkin Park cumpria com vigor sua estadia e revelava na interatividade dos shows uma combinação perfeita entre músicos e ouvintes. Se as palavras de Chester foram realmente verdadeiras, ficaremos na esperança de vê-los por muitas e muitas vezes nesses solos. Aos que estiveram presentes, levaram cada segundo desses dias como único e intransferíveis. Aos que apenas acompanharam de longe, mas que tiveram em cada notícia dada o anseio por um dia fazer parte, achará no futuro, sua chance.



Espera-se por muitas outras turnês neste país. Tem-se uma grande plateia e uma grande banda. Só é preciso grandes dias para que a combinação desses resulte em uníssonos perfeitos.


Set list



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Milhares de pontinhos brancos:




Meet&Geeat



E para fechar, LPTV South Amarica:




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Créditos às fotos:

T4F Entretenimento:

Gisele Dias, 
Néstor J. Beremblum.
Wesley Carlos
Ida Bordotti
Lari Colucci

Tim Solar
Tatiane Noviski
LP Underground ( Meet&Greet )

( Desculpem, se não citei o autor de alguma foto presente. Nem todas as fotos estavam com referências em seus locais achados.)


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Gostaria de pedir desculpa por qualquer termo mal empregado - não sou expert em músicas e  seu respectivo mundo - e também por qualquer falta de coerência nos relatos. É muito difícil falar de algo  pelo qual não vivenciei... Entretanto, realmente houve um acompanhamento e muitas palavras trocadas com pessoas que partilharam tais dias. O intento aqui não é fazer do texto único e inquestionável, mas de um jeito nostálgico relembrarmos dias que para muito foram inesquecíveis. <3 Espero que eu alcance isso. 

2 comentários:

  1. =(
    Que incrível... e que triste!
    Pena que não foi. Você chegou a comprar o ingresso e não ir? Eu teria ficado muito, muito triste no seu lugar, e acho que você também ficou... Mas que bom que acompanhou pelo menos pela internet e conversando com outras pessoas...
    Um dia você vai, tenho certeza, e vai ser um dos MELHORES dias da sua vida!

    Aconteceu algo parecido comigo... Nas duas vezes que minha banda favorita veio para Brasília (minha cidade) tocar, não pude ir, o que me rendeu lágrimas e lágrimas. Mas... acredito que um dia vai dar certo!

    Ahhh, você comentou no meu blog.. Fiquei muito, muito, MUITO feliz de saber que você me acompanhava ano passado (antes de eu pseudo-desistir do blog) com as 366 fotos...
    E vai fazer mesmo as 52 esse ano?
    Ah, se quiser, adoraria fazer um x blogueiras, x fotos, x dia *-*

    Um beijo!

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    1. Oláaa!

      Verdade! ahhaa Foi uma mistura desses dois sentimentos. Eu comprei o ingresso com medo de esgotar, mas não pude ir por causa das passagens. :|

      Poxa, que chato. Esses imprevisto sempre nos derrotam. Mas... temporariamente.

      Obrigada pelas energias positivas. Nós iremos nos nossos shows, sim! E serão incríveis. Tenho fé! *_*

      Acompanhava, sim. XD Vou fazer o 52 weeks também. As fotos estou tirando, só espero ter coragem pra atualizar ahahah

      Você topariiia? *-* Nossa, será que conseguiríamos mais alguém para ficar melhor? Se não, será que tá valendo só com duas? ahhaha *-*

      Kussus, amora :*

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